Por Lucas Martins Alves de Oliveira
Em entrevista, Thiago Castro, militante do PSOL, filho de Clóves de Castro, fundador da Aliança Libertadora Nacional, conta, sob sua perspectiva, os fatos que antecederam e sucederam o golpe contra a ex-presidente Dilma Roussef.
Por Isabella Pugliese Vellani
Em junho de 2022, a foto que virou símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã completou 50 anos. Em junho de 1972, o fotógrafo Nick Ut estava do lado de fora da aldeia de Trang Bang, quando a região foi bombardeada com napalm - uma substância altamente inflamável. O profissional, se virando para a estrada, viu um grupo de moradores fugindo do ataque. Entre eles, estava a jovem Kim Phuc Phan Thi, que corria nua e que gritava desesperadamente “Nóng quá, nóng quá” (muito quente, muito quente). Após tirar a foto, ele e seu colega de trabalho socorreram a menina com água.

O conflito marcou a história e fez com que diversos vietnamitas, ainda durante a guerra, buscassem uma nova oportunidade de reconstruir suas vidas em novos países. Essa é a história de Paulo Lam, imigrante vindo do Vietnã: quando era apenas um garoto de 4 anos de idade, sua família decidiu se lançar ao mar, sem rumo, mas determinados a vencer. No Brasil, puderam se sentir novamente em casa!
Por Manuela Troccoli
A cadela Laka, princesa da família, corre rapidamente pela sala ao ver que sua mãe chegou em casa. Para muitos, o que se imagina é que outra cadela quem entra pela porta; entretanto, quem chega de mansinho com um novo brinquedo em mãos é uma menina loira de um metro e sessenta, que decidiu apadrinhar a cachorra em 2018. Ana Clara Salles, a menina em questão, sempre sonhou em ter um cachorro para chamar de seu, mas sua família nunca foi muito a favor da ideia e sempre tentaram arranjar jeitos de resolver o desejo da menina: “meus pais já me deram de tudo” - afirma Ana. “Gato, tartaruga, passarinhos e até já ganhei um aquário lotado de pequenos peixinhos dourados. Mas nada matava minha vontade de ter um cachorro para chamar de meu”, conta. Entre os anos de 2018 e 2019 muitas mudanças familiares e estruturais aconteceram em sua família, o que a levava cada dia mais a pensar que talvez um dia, seu sonho viraria realidade. E foi o que aconteceu, no final de 2019, sua mãe a puxou para uma conversa e disse que agora, no apartamento novo, caberia um novo pet.
Rapidamente Ana já começou a procurar algum canil de confiança no qual ela conseguisse comprar a espécie ideal, e que ainda, não fosse de pelos longos para não atacar a alergia de seu irmão mais velho, João Pedro. Com tudo decidido, o cachorrinho já estava separado para ela no canil, aguardando o dia do pagamento. Porém, alguns dias antes, algo curioso aconteceu: Ana Clara se deparou com um vídeo em seu Instagram de uma pequena cadelinha branca de pelagem curta para adoção, vira-lata e com olhinhos pretos penetrantes. “Foi amor à primeira vista, eu me apaixonei por ela na hora. Queria ela para mim, o mais rápido possível. Entrei em contato com a pessoa que estava oferecendo lar temporário para o pet e disse que a queria para mim, expliquei para minha mãe e fomos juntas na ideia”. Em seu relato, Ana ainda acrescenta que o processo de adoção foi muito simples e tranquilo. Além disso, com toda sua experiência junto a Laka, se tornou uma grande apoiadora das adoções: “Eu tenho me tornado cada dia mais contra a venda de animais - são vidas, não devem ser comercializadas. Se você pesquisar mais a fundo, perceberá como essas empresas trabalham com aberrações genéticas; são espécies feitas em laboratórios para serem fofas e vendidas por preços estratosféricos”. “Existem muitos cachorros na rua em condições desprezíveis, precisando de lar, amor e carinho. Eu considero um absurdo financiar a compra de pets; um cachorro é como se fosse um filho, e não se escolhe o filho que tem apenas pelo fato de ser “bonitinho”. Você apenas dá todo o amor que você tem”.
Por Leonardo Nunez
A rotina pesada de estudos e o medo de não entrar na faculdade podem causar diversos problemas mentais e até físico na vida de um estudante. A pressão vivida diariamente atinge os jovens de todo o Brasil, que sofrem o desespero das incertezas de começar a graduação e muitos lidam com a cobrança dentro da própria casa.
Fonte: Acervo pessoal, Ruan Bittencour Ramos
Entre esses estudantes está Ruan Bitencourt Ramos, 20 anos, morador de São Paulo, estudante de um cursinho pré-vestibular na região de Santana. Ele relata sua caminhada de estudos e o que pretende seguir como carreira. O jovem está em seu segundo ano de cursinho, e, até o momento, segundo afirma pretende cursar Psicologia. Ele escolheu essa graduação por dar várias possibilidades de atuar em um mercado que vem crescendo. E ainda completa contando seus objetivos de passar em uma universidade pública que possibilite alcançar seus desejos pessoais e profissionais.
O jovem conta como foi a transição da escola para o cursinho, um choque que muitos enfrentam no Brasil diariamente, a pressão para saber seus futuros assustam muitos e não foi diferente para Ramos por ser uma mudança complexa e multifacetada. Sua rotina mudou, seus ambientes mudaram, as pessoas que antes conviviam com ele há mais tempo que sua própria família. Foi cada um para seu canto. Seu novo ciclo exige uma maturidade antes só imaginada, e o aprendizado não é questão de escolha, mas sim de necessidade. Hoje, suas expectativas para os vestibulares estão mais tranquilas do que no passado, mesmo ainda carregando algumas dificuldades, principalmente na área de Exatas. Um dia de cada vez ele estuda as obras obrigatórias respeitando suas responsabilidades.
Segundo pesquisa feita em 2020 pela empresa de treinamento CMOV revela que 80% dos universitários brasileiros não sabem o que fazer profissionalmente. Ainda foram entrevistados 2000 jovens, que também não têm ideia de como se capacitar para o mercado de trabalho. Esse número mostra um padrão preocupante dentro da sociedade brasileira. E é dentro desta estatística que Ruan diz tentar encontrar algum equilíbrio. Suas provas só começam daqui 5 meses, e sua rotina e calendário organizado o ajudam.
Suas relações sofreram mudança nesse período tendo que aprender que em alguma hora da vida é preciso focar mais em objetivos do que nas relações interpessoais. Ter amigos que entendem que você precisa de um tempo para se dedicar a você é essencial, nem todos entenderão e Ruan carrega a responsabilidade de decidir pelos outros como eles irão reagir a mudanças. Seus pais se preocupam com seu futuro e, apesar das expectativas criadas, se importam com sua felicidade.
O estudante lida com a pressão colocando o tempo pessoal como responsabilidade também. Além de estudar pelo menos 4 horas por dia, ele coloca no cronograma um tempo para lazer, diversão, para sair com as pessoas que fazem bem, passar um tempo com sua família, ler, ouvir música, meditar. Seu acompanhamento psicológico ajuda bastante a lidar com as frustrações inevitáveis do dia a dia. A pressão é inevitável e faz parte do ritual de uma importante fase da vida.
Por Daniel Seiti
Pescadores amadores no litoral paulista batem ponto todos os dias no Deck do Pescador, localizado no bairro da Ponta da Praia, na cidade de Santos. Faça chuva ou faça Sol, um por um, chegam de manhã cedo e por ali ficam até o início da tarde. Enquanto tentam fisgar as presas, desenrolam longas conversas de assuntos variados, que vão de receitas gastronômicas, experiências das suas vidas pessoais e opiniões políticas. Durante o "papo", um deles saca o celular para mostrar fotos e começa a se gabar para os outros sobre o quão grande foi o peixe que ele pescou em uma represa no interior de São Paulo. Mesmo com imagens sendo utilizadas como provas, entre tantas histórias contadas sobre os peixes que são apresentados como troféus nesse meio, podemos acreditar em histórias de pescadores?