Na segunda-feira, (04/05), em uma coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou que o uso de máscaras será obrigatório a partir do dia 7, a decisão abrange todas as cidades do estado. A medida foi adotada como uma nova forma de conter o avanço dos casos de doenças causadas pelo Coronavírus, que nesta data já passavam de 4.500 em todo o estado.
João Doria esclareceu que as máscaras deverão ser usadas em todos os espaços de acesso aberto ao público. O governador afirmou que eventuais punições aos que desobedecerem a medida será responsabilidade das prefeituras.
No final da reunião, o governante anunciou uma parceria com a prefeitura que renderá R$300 milhões para um fundo municipal contra a COVID-19. A verba será captada pelos ganhos da SABESP, que originalmente seriam gastos no saneamento básico, mas foram redirecionados para o sistema de saúde.
Uso de máscaras
As regras impostas pelo governo a respeito do uso da máscara são mais rigorosas que as recomendações da OMS, estendendo sua obrigatoriedade mesmo para os indivíduos que não apresentam sintomas da doença. A Organização Mundial da Saúde indica o uso das máscaras industrializadas apenas para profissionais da saúde e pacientes com suspeita ou quadro confirmado de Covid-19.
Porém, há controvérsias sobre o uso da máscara para aqueles sem os sintomas. Embora a máscara reduza o potencial risco de transmissão do indivíduo com a doença no período de incubação, existe uma falsa sensação de segurança garantida por ela, que sem o isolamento social ou a higienização constante das mãos, seria completamente ineficiente e, sobretudo, há a possibilidade da autoinfecção ao se reutilizar uma máscara infectada.
Com o aumento repentino da demanda de máscaras por toda a população, profissionais da saúde passaram a ser afetados pela escassez do equipamento de proteção. Em decorrência, o Ministério da Saúde fez um apelo para estimular as pessoas a confeccionarem suas próprias máscaras para que aquelas produzidas pela indústria sejam disponibilizadas prioritariamente para os profissionais de saúde.
Segundo vídeo publicado nas redes sociais pela pediatra e professora da Universidade de São Paulo (USP), Ana Escobar, elas podem ser feitas com tecido de algodão, TNT ou tricoline. Além disso, é necessário que sejam feitas com o tamanho correto, de forma que seja possível cobrir a boca e o nariz.