Pets são essenciais na vida das pessoas

Após a pandemia os animais de estimação ganharam mais espaço no cotidiano das famílias.
por
Pedro Paes
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07/10/2024

Por Pedro Paes

 

Alexandre Machado Monteiro tem 51 anos de idade e é uma prova viva que os pets podem mudar das pessoas por completo. Logo no início da pandemia, a família de Alexandre sofreu uma perda considerável muito importante. O seu pai, Luiz Carlos Machado, morreu de Covid-19. Com a perda, Alexandre viveu o período mais difícil da sua vida. Foram momentos difíceis, meses difíceis, tentando digerir todo esse processo do luto. E a sua vida acabou mudando graças à chegada de um novo membro na família.

Alexandre decidiu adotar um cachorro, um Golden Retriever de 5 meses de idade. Zico era o nome do cachorro, e ele mudou completamente a vida de toda a sua família. Com a pandemia, todas aquelas pessoas morrendo por conta da doença, a perda familiar, discussões em casa, tudo isso foi deixado de lado por conta deste pet.

Zico trouxe a família, muito amor, muito companheirismo e muito carinho, e era exatamente isso que todos precisavam naquele momento. Toda aquela tristeza e angústia sumiram com a chegada do cachorro. Todos ficaram mais felizes, mais alegres e mais dispostos durante o dia, porque Zico, é um cachorro muito atrevido e com bastante energia. Consequentemente todos faziam com que essa energia do Golden fosse gastada ao longo do dia, fazendo brincadeiras, tendo passeios diurnos e noturnos. Os bichinhos de estimação têm o poder de transformar um ambiente pesado e triste, em uma alegria e paixão sem fim.

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Alexandre junto com Zico, seu cachorro

Nos últimos anos, os animais de estimação deixaram de ser apenas "bichinhos de casa" e passaram a ocupar um papel central nas famílias ao redor do mundo. A pandemia de COVID-19, que obrigou milhões de pessoas a se isolarem e enfrentarem novos desafios emocionais, destacou ainda mais o valor dos pets como companheiros insubstituíveis. Eles proporcionam conforto, alívio para a solidão, e uma conexão emocional que ajudou muitas pessoas a superar momentos difíceis de incerteza e distanciamento.

Durante o isolamento social, muitos experimentaram longos períodos sem interação com amigos e familiares. Para aqueles que tinham pets, esses momentos se tornaram menos solitários. Os cães e gatos, em particular, ofereceram uma companhia constante e ajudaram a preencher o vazio que a ausência de contato humano deixou.

Mas, nem tudo são flores. Com a chegada da pandemia, o número de pets abandonados aumentaram. Estima-se que cerca de 30 milhões de cães e gatos estejam largados nas ruas segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Desse total, aproximadamente 20 milhões são cachorros e 10 milhões são gatos. A pandemia intensificou esse cenário. Muitos tutores desistiram de seus animais por conta de dificuldades econômicas e falta de planejamento adequado para os cuidados necessários. Apenas uma pequena parcela desses animais encontraram abrigo em ONGs ou lares temporários. Ainda hoje um grande número deles vive nas ruas sofrendo com fome, doenças e maus-tratos.

O psicólogo Dr. Rodrigo Monteiro, especialista em saúde mental e comportamento humano, acredita que os pets foram fundamentais para muitas pessoas superarem as dificuldades emocionais do período. Segundo ele, o impacto psicológico da pandemia foi significativo, mas a presença de animais de estimação atuou como um fator de proteção para a saúde mental. Muitas pessoas se sentiram sozinhas e desconectadas da vida social que antes faziam parte, e essa desconexão gerou altos índices de ansiedade, depressão e estresse. Ter um pet ao lado não apenas proporcionou uma rotina diária, mas também trouxe companhia, conforto e uma sensação de responsabilidade, que se mostrou essencial para manter o equilíbrio emocional, relata Rodrigo.

Ele ainda destaca que a convivência com os animais estimula a produção de hormônios associados ao prazer e bem-estar, como a oxitocina e a dopamina. Esses neurotransmissores estão diretamente ligados à sensação de felicidade, aliviando a ansiedade e o estresse. Rodrigo observa que o simples ato de cuidar de um animal, seja alimentá-lo, brincar ou passear, funciona como uma forma de terapia, pois distrai a mente dos problemas cotidianos e estabelece uma rotina saudável.

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Com todos esses benefícios, é evidente que os animais de estimação vieram para ocupar um lugar ainda mais importante na vida das pessoas. No pós-pandemia, muitas famílias relatam que a adoção de um pet foi uma das melhores decisões que tomaram durante os momentos mais sombrios do isolamento. Para além da companhia, os pets oferecem benefícios tangíveis à saúde física, mental e social dos seus tutores.

No futuro, é esperado que a relação entre seres humanos e seus animais de estimação continue a se aprofundar, à medida que mais pessoas reconhecem o valor dos laços afetivos que constroem com seus companheiros de estimação. Eles deixam de ser vistos apenas como animais e passam a ser, de fato, membros importantes das famílias modernas.

Com o avanço das pesquisas sobre os efeitos positivos da convivência com animais, o papel dos pets na sociedade deverá ganhar ainda mais destaque, e a tendência é que as políticas públicas e urbanas se adaptem cada vez mais para atender a essa crescente demanda por espaços pet-friendly e serviços especializados para esses companheiros tão importantes.

Os pets seguem como uma das maiores fontes de conforto e apoio emocional, provando que, de fato, os melhores amigos do homem são indispensáveis em qualquer circunstância. Adotar é essencial para a vida dos pets.

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