Podcasts

path
OLD-padcasts
Mesmo com o pouco tempo de carreira, jovens sentiram piora da saúde mental no trabalho.
por
Flavia Cury e Sara Gouvêa
|
30/10/2023

Flavia Cury (audiovisual) e Sara Gouvêa (texto).  

 

Em um dia cheio no trabalho, o estagiário Andre Nunes, de 21 anos, começou a escrever um simples e-mail e ficou com a visão turva, essa era sua primeira crise de Burnout, uma síndrome que evidencia o esgotamento profissional. Ao ir em uma consulta, foi diagnosticado e apesar da carga excessiva de trabalho que fazia diariamente, nunca pensou que seria acometido por causa da sua pouca idade. Mesmo sabendo os sintomas e a possibilidade, a ideia de tão cedo sofrer disso não parecia real, acreditava que seria depois de anos de carreira. 

A passagem da adolescência para a vida adulta já é complicada por si só, tanto por pressões internas como externas. Aliado a isso, os últimos anos do ensino médio são bem desafiadores em relação a vestibular, junto com a escolha de uma profissão e depois, a inserção no mercado de trabalho. Ainda, muitos ainda não têm a escolha de apenas estudar, precisam trabalhar para bancar os estudos e para ajudar a melhorar a condição da família financeiramente. Então, a falta de oportunidade para a grande maioria desses jovens também é um agravante. Muitos jovens exercem funções em trabalhos mal remunerados, com longas jornadas de trabalho e sem perspectiva de crescimento profissional, presos em dois ambientes estressantes e de muita pressão, o dos estudos e o do trabalho. A falta de experiência também, a insegurança e a própria falta de informação deixam os jovens vulneráveis à síndrome de Burnout.

Competitividade constante, excesso de trabalho, metas irrealistas estipuladas pelos chefes, estes são alguns dos exemplos que podem levar uma pessoa a desenvolver o Burnout. A psicóloga Carla Presutti relaciona os sintomas da síndrome a um termômetro, indicando que a pessoa está fazendo esforços para se adaptar à rotina e às demandas, mas não está conseguindo. Além disso, a naturalização do trabalho à distância pós-pandemia e o estilo de vida moderno, com constante rapidez, resultado imediato, informações em quantidades elevadas e realizar tarefas simultaneamente exige muito da atividade mental, ocorrendo uma sobrecarga.
 
Segundo pesquisa feita pelo Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos, 38% das pessoas ouvidas dizem ter sofrido os efeitos do Burnout, ao longo do ano de 2021. O levantamento mostrou também que 32% dos entrevistados informaram que a saúde mental piorou significativamente por conta do trabalho à distância. Os pesquisadores entrevistaram 15 mil pessoas, em diversos países do mundo.

A síndrome tem afetado especialmente as gerações mais jovens, principalmente as novas lideranças. Para 45% desses líderes, que fazem parte da geração da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), o trabalho remoto ou híbrido desencadeou aumento da síndrome e a piora da saúde mental. O índice é de 42% entre a Geração Y (ou millennials), nascidos entre 1983 e 1999; 35% entre a Geração X (1961 e 1982) e de 27% entre os chamados Baby Boomers (1945 e 1960).


Psiquiatras e psicólogos são os profissionais indicados para fazer o diagnóstico. Depois de analisarem os sintomas, irão indicar o tratamento. Os sintomas são diários, podendo apresentar insônia, cansaço excessivo durante o dia, desânimo, falta de concentração, dores de cabeça frequentes e alguns distúrbios gastrointestinais. Análogo a isso, sentimentos de derrota, fracasso e insegurança são muito frequentes, levando a padrões de pensamento negativos. Dessa forma, pode acabar levando o jovem a um isolamento social e se não for tratado, pode resultar em graves estados de depressão, e também episódios de ansiedade, diminuindo a produtividade do indivíduo, que acaba afetando sua vida social e profissionalmente.

Quando houver alguma suspeita do trabalhador sofrer com Burnout, o correto é emitir um C.A.T., Comunicação de Acidente de Trabalho, e afastá-lo do ambiente de trabalho imediatamente, de acordo com a psicóloga Amanda. Em seguida melhorar as condições de trabalho, como estipular metas mais realistas, gerar um ambiente de trabalho colaborativo ao invés de ambientes de competição e pressão. Além disso, se o trabalhador conseguir provar que foi o ambiente de trabalho e estas condições que o levaram a desenvolver a síndrome, a empresa pode ser penalizada, oferecendo o tratamento e possível indenização pelos danos causados.

 

Prevenir e Ajudar


A prevenção deveria ser uma preocupação por parte do funcionário e da empresa. Para Carla, a preocupação com a qualidade de vida do funcionário no trabalho deveria ser regra número um das empresas, já que reflete na produtividade. Algumas maneiras de prevenção envolvem o gerenciamento da carga de trabalho, respeito dos limites pessoais e a construção de um ambiente de apoio. O incentivo de práticas saudáveis, dormir bem, tempo de lazer, ajudam em uma rotina saudável e de prevenção.

Como indivíduo, é preciso reconhecer e respeitar os próprios limites, tentar estabelecer metas realistas de curto e médio prazo, no trabalho e nos estudos. O incentivo de práticas saudáveis, como dormir bem e ter um tempo de lazer, ajudam na prevenção. E claro, sempre procurar por ajuda especializada, se for o caso.

Para ajudar uma pessoa com Burnout, é importante não julgá-la, mas oferecer apoio. Demonstrar empatia e acolhimento, que pode ser feito através de uma conversa, de uma escuta e, com certeza, incentivá-la a buscar ajuda profissional. Se a pessoa já chegou no nível da exaustão, ela precisa de ajuda. Entender quais foram os fatores internos e externos que a levaram a chegar nesse estágio, para que possa ocorrer mudanças na vida dela e, no futuro, não acontecer mais.

Foi o que Andre fez, compreendendo seus limites e como não os extrapolar. Depois, nunca mais teve uma crise grande daquela forma. O universitário lembra que, na época, passava mal e ainda se oferecia para continuar trabalhando. Hoje em dia, ele entende que precisa cuidar da própria saúde mental.  

Tags:

Saúde

path
saude

Podcasts

path
OLD-padcasts
Pesquisa mostra que brasileiros passam mais de metade de seu tempo na frente do celular, computador ou TV
por
Flavia Cury e Sara Gouvêa
|
18/09/2023

Por Flavia Cury (texto) e Sara Gouvêa (audiovisual)

 

 

O universitário Patrick Fuentes usa o celular e o computador principalmente para seu estágio, mas, durante seu tempo livre, opta pela diversão digital, pois acha mais fácil de processar do que outras formas de mídia, como livros ou filmes. No entanto, muitas vezes, ele se sente ansioso ao utilizar as redes sociais, pois se compara com os outros. Quase sempre se questiona sobre o que poderia estar fazendo argumentando que amigos estão vivendo outra realidade enquanto fica deitado em sua cama.  Ele também se sente um pouco obrigado a usar, já que está todo mundo usando. Em casa, no trabalho, na rua, no ônibus, no metrô, no carro, no bar, na praça, em shows, palestras, no cinema, nas aulas, salas de espera, reuniões de família, jantares, passeios com o cachorro, reencontro com amigos, até mesmo no banheiro! Em todos esses momentos, é possível avistar um pequeno ponto de luz que se tornou um fiel companheiro nos anos modernos: a tela de um celular ou computador.


Um levantamento realizado pela Electronics Hub revelou que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países com maior tempo de tela, ficando atrás apenas da África do Sul. Os brasileiros passam mais da metade do tempo em que estão acordados (56,6%) diante desses dispositivos eletrônicos. Nesse tempo, a atividade predileta é navegar nas redes sociais e assistir a séries e filmes, embora uma parcela significativa também os utilize para fins profissionais. Mas isso tem um custo.

De acordo com a psicóloga clínica Fabíola Luciano, essa preferência pelo entretenimento digital ocorre, neste caso, devido ao difícil acesso à cultura no Brasil. As telas preenchem esse espaço de maneira passiva e democrática, exigindo menos esforço e investimento financeiro do que ler um livro ou ir ao cinema, por exemplo. Entretanto elas podem ter um sentido contrário. Os efeitos negativos para a saúde mental causados por essa exposição excessiva são preocupantes, como aponta Luciano. As pessoas estão se tornando superestimuladas, com dificuldades de concentração e atenção, impossibilitando de manterem uma conversa. Com tantos estímulos em pouco tempo, o vício na Internet é cada vez mais evidente. As constantes mudanças de assunto a cada 15 segundos, alimentadas pelos algoritmos que direcionam conteúdos de interesse, fazem com que o prazer nas telas seja imediato. Portanto,  outras partes da vida acabam se tornando monótonas e sem graça.

A advogada Maria Clara do Nascimento compartilha dessa prática constante. Embora use predominantemente esses dispositivos para o trabalho, ela acaba gastando seu tempo livre nas redes sociais e aplicativos de mensagens para se comunicar com amigos e familiares. No entanto, ela reconhece que essas atividades a deixam melancólica, pois percebe que está perdendo a oportunidade de interagir mais com as pessoas na vida real devido à sua carga de trabalho excessiva. Extremamente dependente do tempo em frente das telas, ela admite que o uso ostensivo a atrapalha e lamenta afirmando que é, no mínimo, triste.

Outro sentimento que vem à tona é a sensação de estar desperdiçando tempo ou de que poderia estar fazendo algo mais produtivo. Nascimento menciona que se distrai frequentemente com aplicativos de vídeos curtos, como TikTok e Reels do Instagram, chegando a perder a noção do tempo enquanto utiliza. Ela não está sozinha nessa experiência. O universitário Guilherme Caldas já chegou a se atrasar até para o estágio devido ao tempo gasto em aplicativos similares. A facilidade de passar rapidamente de um vídeo para outro contribui para essa distração.

Caldas também reparou que até mesmo a leitura de um livro se tornou difícil para ele devido à dependência das telas. O excesso de estímulos das redes sociais torna a leitura mais desafiadora e demanda muita concentração. Ele associa essa falta de atenção exclusivamente ao uso de dispositivos eletrônicos.


Teletrabalho


Nem todo uso de tela está relacionado ao tempo de lazer, especialmente após a pandemia de Covid-19, que trouxe consigo uma nova modalidade de trabalho: o home office. Em escritórios convencionais é possível reservar um tempo para si mesmo. Fazer pausas para tomar um café, e geralmente ainda se aproveita um pouco de sol na caminhada até a empresa. Além disso, e o mais importante, interagir com os colegas de trabalho.

É justamente esse último aspecto que é negligenciado no teletrabalho, uma vez que todas as interações sociais ocorrem por meio de chats ou ligações. Esse fator tem um impacto significativo no bem-estar emocional. Quando se tem a noção de que esses vínculos sociais estão se perdendo, um caminho para a depressão é aberto.

A servidora pública Mariana de Luna optou por abandonar o trabalho remoto justamente pela saudade de interações sociais. Em sua área foi adotado um modelo híbrido, com a obrigatoriedade de ir ao escritório pelo menos duas vezes por semana. Ela escolhe trabalhar presencialmente todos os dias. Os motivos dessa preferência são muitos, incluindo a proximidade de sua residência ao local de trabalho, mas o principal deles é a falta que sentia do contato social quando precisava trabalhar home-office. Até mesmo em questões corporativas, ela achava muito mais eficaz a comunicação presencial do que por meio de mensagens. Ela afirma que uma coisa é elaborar um texto, escrever e enviar. Outra completamente diferente é poder se encontrar pessoalmente, conversar e ter uma troca olho no olho.

A psicóloga também ressalta que, se deixarmos de socializar regularmente, corremos o risco de perder nossas habilidades sociais. Sem elas, mesmo que precisemos desses ambientes sociais para nossa vida, nos sentimos ansiosos quando estamos neles. Ela compara a situação a tentar dirigir um veículo que ficou parado na garagem; ele precisa de uma nova bateria. No entanto, aprender a socializar novamente é muito mais desafiador, pois requer prática e paciência.

Outro fator que afeta a saúde mental, segundo ela, é a confusão entre os espaços de trabalho e do lar, que acabam se entrelaçando e perdendo seus limites demarcados. De Luna compartilha que também enfrentou dificuldades para encerrar o expediente e separar seu tempo entre trabalho e afazeres domésticos, o que afetou significativamente sua qualidade de vida.
Como exemplo, ela conta que nunca lavava louça enquanto estava trabalhando. Mas, como sua demanda de trabalho era extremamente alta no teletrabalho - exatamente pela dificuldade de seus colegas distinguirem quando era seu tempo livre -, ela trabalhava até tarde da noite e não conseguia lavá-las. O ciclo se repetia todos os dias, ou seja, a louça estava sempre acumulada. 


Além da mente 


A saúde mental não é a única que pode ser afetada pelo tempo de tela. Aspectos mais físicos do nosso corpo podem pagar o preço também.
O uso prolongado dos celulares e computadores no dia a dia faz com que se fique muito tempo na mesma posição, repetindo os mesmos movimentos várias e várias vezes. Esse comportamento, sobretudo nos pulsos e nas mãos, causam uma sobrecarga nos tendões dessas partes do corpo, que leva a uma das doenças mais características do século 21: a tendinite. O ortopedista Fábio Urquiza explica que ela é a culpada por causar desde dores até a limitação do movimento ou ruptura dos tendões. Além das compressas de gelos e anti-inflamatórios, o ideal é a redução do período em telas. Por vezes, se nada melhorar as dores, é necessário tratamento fisioterápico ou cirurgias.

O médico oftalmologista Paulo Schor esclarece que as telas em si não são diretamente responsáveis por causar problemas de visão. O que realmente acontece é que, quando se passa mais tempo olhando para a tela do que para uma página de papel, por exemplo, a tendência é piscar menos. Esse comportamento, combinado com o fato de que as telas geralmente estão posicionadas mais acima e mais próximas do nosso rosto em comparação com outros objetos, como um livro, pode levar à secura dos olhos.

Isso ocorre porque, quando nossos olhos estão abertos por mais tempo, as lágrimas naturais deles têm mais tempo para evaporar. E como não se pisca com frequência necessária para as repor, acaba acarretando em outros problemas, como olhos vermelhos, ardendo, ou até lacrimejando mais. Portanto, além de prestar atenção no posicionamento das telas, é fundamental fazer pausas regulares para lembrar-se de piscar.

Além disso, o uso de um umidificador de ambiente pode ser de grande ajuda para manter a umidade adequada ao redor dos olhos, o que pode aliviar a sensação de olhos secos, contribuindo para uma experiência mais confortável durante a exposição prolongada às telas.

 No final das contas, a recomendação principal dos profissionais da saúde é que o celular e o computador, os fiéis companheiros do homem moderno, sejam deixados um pouco de lado em razão dos principais riscos que as telas podem oferecer. Mesmo que a dependência homem e máquina já tenha sido estabelecida, vale lembrar de viver a vida real para favorecer o bem estar do corpo e da mente. 

 

Tags:

Ciências e Tecnologia

path
ciencia-tecnologia

Comportamento

path
comportamento

Saúde

path
saude

Podcasts

path
OLD-padcasts
Após seis décadas de carreira, a musa do rock and roll brasileiro nos deixou aos 75 anos
por
Por Dayres Vitoria e Hadass Leventhal
|
26/05/2023

 

"Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída", foi o que Rita previu, já em forma de profecia, em sua autobiografia lançada em 2016.  

Após sua partida, no dia 8 de maio, resta aos fãs celebrar o legado deixado pela musa de cabelos vermelhos e escutar suas canções com o coração apertado de saudades. Por isso, este podcast é um tributo à Rita Lee, que ela seja sempre lembrada como a mulher, mãe, artista, paulistana, corinthiana roxa e loucamente apaixonada pela vida que foi.     

LINK:https://soundcloud.com/hadass-leventhal/tributo-rita-lee-23052023-finalizado/s-LwmzS3jWtZz?si=71c83faac78f4a74968039673405f928&utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing

Tags:

Podcasts

path
OLD-padcasts
Reeleito ao Planalto critica "isolamento" no cenário mundial provocado por Bolsonaro.
por
Lidiane Miotta
|
21/11/2022

Lula fez inúmeras críticas a relação do Governo Bolsonaro com o exterior durante a sua campanha a eleição e no seu discurso após ser anunciado como vencedor da eleição presidencial. Lula também prometeu mudanças nessa área que fariam o Brasil voltar a ser respeitado pelas grandes potências mundiais. No podcast, o professor de relações internacionais Arthur Murta, da PUC-SP, fala sobre o cenário herdado por Lula, os principais desafios, os próximos passos e o que esperar do governo de Lula na política externa nos próximos anos

 

https://open.spotify.com/episode/3fuYqi5WiIbUBBv1qOpS0Y

Tags:

Política Internacional

path
politica-internacional

Podcasts

path
OLD-padcasts
Após mais de uma década, Lula retorna a presidência com a missão de retomar o rumo do País.
por
Guilherme Silvério Tirelli
|
15/11/2022
Tags:

Podcasts

path
OLD-padcasts

Maria Cristina Mariante Guarnieri é psicóloga, Mestre e Doutora em Ciências da Religião (PUC-SP), docente do IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa), nos cursos de Especialização Lato-sensu em Psicologia Junguiana, Psicossomática e Arteterapia e Expressões Criativas. Lilian Wurzba é psicóloga, Mestre e Doutora em Ciências da Religião (PUC-SP), docente do IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa), nos cursos de Especialização Lato-sensu em Psicologia Junguiana, Psicossomática e Arteterapia e Expressões Criativas.

 

(Gravado em dezembro de 2019) Produção de áudio: Avellaria nomad / studio.

Tags:

Podcasts

path
OLD-padcasts
Comportamento Político
por |
23/08/2019

Prof. Dr. Fernando Amed, Historiador pela FFLCH da USP, professor da Faap e da Belas Artes de São Paulo. Coordenador do Grupo de Comportamento Político do Labô, Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da FUNDASP/PUC-SP. Prof. Dr.Paulo Sérgio Boggio. Prof. da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Dr. em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Coordena o Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Mackenzie. É pesquisador colaborador do Laboratory of Neuromodulation, Harvard Medical School.

 

(Gravado em outubro de 2019) Produção de áudio: Avellaria nomad / studio.

Tags:

Podcasts

path
OLD-padcasts