App mais baixado do mundo neste início de 2020, o TikTok veio para ficar. A rede social, que consiste em uma plataforma de criação e compartilhamento de vídeos curtos, foi inaugurada em setembro de 2016 na China, chegou aos Estados Unidos em junho de 2018 e já tem mais de um bilhão de usuários ativos. Agora, a empresa aposta suas fichas no mercado brasileiro para continuar seu crescimento.
Após se estabelecer no Brasil na primeira metade de 2019, a empresa criou planos ambiciosos de expansão para o início de 2020. Em entrevista concedida ao Canal Tech, Rodrigo Barbosa, community manager da plataforma no país, deixou muito bem claro: “A resposta dos brasileiros ao TikTok foi incrível. Estamos criando novas oportunidades de mercado no país e esperamos crescer muito no primeiro semestre do ano.” E a estratégia vem dando muito certo.
Neste último mês de março, segundo estatísticas do ScreenTower, 9,4% de todos os 115 milhões de downloads da rede social no planeta aconteceram no Brasil. Isso corresponde a dez milhões de novos usuários. E é claro, as marcas já perceberam que os altos números de engajamento da plataforma abrem uma nova e excitante oportunidade de mercado.
Segundo estatísticas divulgadas pela plataforma em 2019, em contas que possuem mais de 100 mil seguidores, um vídeo postado causa engajamento de 5,3% dos usuários que o assistem. Ou seja: um teórico perfil que tenha 10 milhões de seguidores e cria uma publicação receberá, em média, 530 mil likes, comentários e compartilhamentos. No Instagram, o mesmo vídeo receberia, aproximadamente, 110 mil reações.
Assim, marcas já aproveitam para se estabelecer no TikTok. Hoje, grandes equipes do futebol brasileiro como o Flamengo, o Corinthians e o Vasco da Gama já fazem parte da plataforma. Neste último mês de fevereiro, a Nestlé e a Havaianas, duas empresas líderes de mercado no país, criaram ações exclusivas na rede social. O futuro está chegando: ele é um vídeo curto e viral com cerca de 15 segundos de duração.
“O TikTok é uma porta de entrada para um público que não costuma mais consumir a mídia tradicional.” afirmou Matheus, chefe de reportagem da Goal, empresa que vem apostando na plataforma nos últimos meses. “Nós já conseguimos números expressivos no aplicativo. Na última semana de março, nosso post mais expressivo no Instagram conseguiu oito mil visualizações. Só naquela semana, tivemos dois vídeos no TikTok com mais de 150 mil. O desafio agora é fidelizar esse público.”
Ainda de acordo com estatísticas divulgadas pela plataforma, neste último mês de março, cerca de 41% de seus usuários tem entre 16 e 24 anos, e 90% deles utilizam a rede social diariamente. Ou seja: mesmo que o aplicativo esteja atrás de outros como o Facebook e o Instagram em número total de membros, ele consegue bater de frente contra os rivais quando falamos da “Geração Z”: jovens que nasceram entre 1990 e 2010. Não é a toa que o TikTok vem sendo chamado de “rede social do futuro.”
Com um crescimento acima de qualquer prognótisco nos primeiros meses de 2020, seja no Brasil ou no mundo, o app vai ganhando força como uma das ferramentas mais poderosas de engajamento do planeta. À medida em que influencers, grandes marcas e seus consumidores em potencial migram para a plataforma, o futuro das redes sociais parece estar cada vez mais vinculado ao TikTok.